5.6.08

Minhas teorias confirmadas. E sim, eu chupo essa manga (todo dia)!


Comer acalma, comprovam cientistas.

Se você é daqueles que briga feio por qualquer pequena ofensa, o que pode estar faltando na sua vida é comida. Um estudo revela que a resposta agressiva às injustiças pode ser explicada por baixos níveis de uma substância química no cérebro ligada ao humor, a serotonina. Como a principal fonte dela é a alimentação, contar até dez e ir fazer um lanchinho pode ser a melhor opção antes de rodar a baiana.

Segundo o estudo feito na Universidade de Cambridge, no Reino Unido, os níveis de serotonina diferenciam os “barraqueiros” das pessoas que tendem a relevar ofensas mais facilmente. Isso explicaria, por exemplo, porque algumas pessoas ficam mais agressivas quando estão com fome.

“Os níveis mais baixos de serotonina tornam mais difícil controlar as reações emocionais a insultos”, explicou ao G1 Molly Crocket, a autora principal do estudo, publicado na edição desta semana da revista "Science".

A suspeita sobre esse efeito, já existia há algum tempo. Agora, no entanto, é a primeira vez que pesquisadores conseguem mostrar uma relação direta. Para isso, a equipe manipulou as taxas da substância no cérebro em 20 voluntários saudáveis.

O grupo participou de um jogo, onde recebiam compensações financeiras justas e injustas. As pessoas com os menores níveis de serotonina foram as que protestaram mais quando foram vítimas de injustiças.

A serotonina é composta por um aminoácido, o triptófano, encontrado em alimentos ricos em proteína, como carnes vermelha e branca, leite, ovos, chocolates, castanhas, bananas e mangas, entre outros.

Apesar dos baixos níveis estarem ligados à agressividade, ainda não se sabe se serotonina acima do normal ajudaria a acalmar. “O cérebro tem um equilíbrio muito delicado dessas substâncias químicas e pouca coisa é compreendida sobre como elas influenciam o comportamento”, diz Crockett. “Pode ser possível que elevar os níveis de serotonina aumentem a regulagem da emoção, mas também pode ser possível que o cérebro tenha um nível ideal e qualquer coisa acima disso seja prejudicial”, diz ela.

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